Do G1, no Rio
Dona Diolanda sempre gostou de cachorros. Há 15 anos, cuidava de 40 em sua casa, no Centro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Uma espécie de milagre da multiplicação elevou consideravelmente o número de hóspedes.
Hoje é impossível afirmar quantos são com segurança, pois os bichos se movimentam o dia inteiro entre o quintal e os vários cômodos da casa. A dona supõe que já passou de 300 animais, mas um empregado aposta em 400.
Dependendo do tratamento que precisam, os bichos, separados em grupos, ocupam uma parte determinada do terreno. O movimento de entrada de novos moradores é ininterrupto. Todos os dias são jogados, por cima do muro de Diolanda de Lima Bastos, cães doentes e velhos. “Só na semana passada, chegaram mais nove. Não pára de chegar”, ela conta.
(Os cachorros ocupam o quintal e vários cômodos da casa)
Hoje é impossível afirmar quantos são com segurança, pois os bichos se movimentam o dia inteiro entre o quintal e os vários cômodos da casa. A dona supõe que já passou de 300 animais, mas um empregado aposta em 400.
Dependendo do tratamento que precisam, os bichos, separados em grupos, ocupam uma parte determinada do terreno. O movimento de entrada de novos moradores é ininterrupto. Todos os dias são jogados, por cima do muro de Diolanda de Lima Bastos, cães doentes e velhos. “Só na semana passada, chegaram mais nove. Não pára de chegar”, ela conta.
(Os cachorros ocupam o quintal e vários cômodos da casa)
Dona Diolanda não consegue recusar os novos cães. Principalmente quando percebe que os bichos têm alguma doença, o que é muito comum. Para dar assistência à matilha, mantém três empregados que ajudam nos cuidados e na limpeza do abrigo, que anda em condições precárias. Atualmente há uma epidemia de cinomose, doença altamente contagiosa que não é transmitida para o homem, no quintal de dona Diolanda. Os cães ficam paralisados e correm risco de morte. O empregado Eduardo de Souza, há oito anos com ela, levou dois filhotes ao veterinário. Mas a doença não é o único problema que atinge os animais. Sarna e carrapatos também tiram o sono da melhor amiga dos cães.
Cuidar dos cachorros custa caro
Os custos com remédios, vacinas e alimentação são muito altos. Por dia, são 90 quilos de ração, divididos em seis sacos de 15 quilos. O abrigo é mantido com a ajuda de Edina Prado, professora da Faculdade Moacyr Sreder Bastos, e mais três amigas. Também conta com doações. Poucas. Edina mora perto de dona Diolanda e tem em casa sua matilha particular, atualmente com 34 cachorros. “O povo de Campo Grande não tem piedade de uma senhora tão idosa. Precisamos de ajuda”, implora a amiga. Ela criou o projeto UniãoAmorCão, que arrecada doações para os cães abandonados e um novo lar para eles. A professora conta que a veterinária Cláudia Kelab vacina, por caridade, castra e faz outros procedimentos nos cachorros do abrigo por menos da metade do preço. Edina não se cansa de pedir ajuda a ONGs (Organizações Não Governamentais) e à Prefeitura. Mas o serviço gratuito de castração oferecido pela Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais (SEPDA), segundo a professora, não resolve o problema. “Não dá pra levar os cachorros lá em Bonsucesso. A Prefeitura não paga o transporte. E são muitos os que precisam ser levados.”, lamenta.
Cuidar dos cachorros custa caro
Os custos com remédios, vacinas e alimentação são muito altos. Por dia, são 90 quilos de ração, divididos em seis sacos de 15 quilos. O abrigo é mantido com a ajuda de Edina Prado, professora da Faculdade Moacyr Sreder Bastos, e mais três amigas. Também conta com doações. Poucas. Edina mora perto de dona Diolanda e tem em casa sua matilha particular, atualmente com 34 cachorros. “O povo de Campo Grande não tem piedade de uma senhora tão idosa. Precisamos de ajuda”, implora a amiga. Ela criou o projeto UniãoAmorCão, que arrecada doações para os cães abandonados e um novo lar para eles. A professora conta que a veterinária Cláudia Kelab vacina, por caridade, castra e faz outros procedimentos nos cachorros do abrigo por menos da metade do preço. Edina não se cansa de pedir ajuda a ONGs (Organizações Não Governamentais) e à Prefeitura. Mas o serviço gratuito de castração oferecido pela Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais (SEPDA), segundo a professora, não resolve o problema. “Não dá pra levar os cachorros lá em Bonsucesso. A Prefeitura não paga o transporte. E são muitos os que precisam ser levados.”, lamenta.
Paulo Roberto, também empregado, conta que a convivência com vizinhos não é amistosa. "Eles só criticam o abrigo e querem ver os cachorros longe daqui". Dona Diolanda não se importa. Mesmo tendo sido mordida muitas vezes, só admite doar os animais se tiver garantias de que eles vão ser bem tratados em outra casa. Apesar de seu padrão de vida ter caído bastante por causa dos cães, dona Diolanda não se arrepende de dividir a casa com eles. “Eu já tive um vidão, carro na garagem, motorista. Minha casa era arrumada. Eles destruíram tudo. Não tem mesa, sofá, fogão, nada”, conta a protetora dos animais, que ficou viúva há 15 anos e, desde então, passou a dar abrigo aos cachorros abandonados. “Meu sonho é legalizar o abrigo. Aí, posso morrer tranqüila. Agora não dá nem pra morrer”, avisa.
Um almoço beneficente para arrecadar fundos para o abrigo acontecerá no dia 1º de setembro, a partir das 11h, no restaurante Tempeh, localizado na Rua 1º de Março, 24, sobreloja, no Centro do Rio. O abrigo que dona
Diolanda mantém em casa ganhou uma comunidade no Orkut.
O endereço eletrônico de dona Diolanda é http://br.geocities.com/uniaoamorcao/.
O endereço eletrônico de dona Diolanda é http://br.geocities.com/uniaoamorcao/.