Artista da Costa Rica, Guillermo Habacuc Vargas, expôs como obra de arte um cachorro faminto e com nítida aparência de maus tratos.
Não tendo sido alimentado ou tratado, faleceu em meio à exposição.
Guillermo Habacuc Vargas foi o artista escolhido para representar o seu país na "Bienal Centroamericana Honduras 2008".
Existe uma petição onde é pedido que ele não receba este prêmio. Por favor assinem preenchendo o Nome, email, Localidade e País :
http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html
Mais fotos aqui.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Animais de criação: uma extinção por mês
Retirado do Blog do Chicão.
chicaodoispassos@yahoo.com.br
O planeta possui centenas de raças diferentes de galinhas. Algumas são escolhidas para sofrerem processo de melhoramento genético a fim de produzir mais ovo ou engordarem mais rápido para irem ao abate. O que acontece com as outras centenas de raças? Grande parte está sendo extinta progressivamente. Este é o alerta da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação).
Uma das saídas é a preservação desse patrimônio de biodiversidade em bancos genéticos. Outra é manter criatórios especializados nestes animais, com subvenção pública ou de fundações privadas. No caso de países ricos esta tem sido a solução: políticas estatais e alguns criadores conservam a maior parte das raças autóctones da Europa e da América do Norte, acrescentou.
Assim, o grande risco de extinção acontece nos países subdesenvolvidos. No caso do gado 70% das raças estão nestes países. Ovinos, caprinos e aves também possuem a maior diversidade nos países em desenvolvimento.
Nos países ricos o gado tem "uma base genética muito estrita e altamente especializada", já que 90% vêm de apenas seis raças rigorosamente definidas. Nos países em desenvolvimento e pequenos produtores agrícolas abandonaram a criação de animais tradicionais em favor de raças de rendimento mais elevado importadas dos Estados Unidos e da Europa. De acordo com os especialistas, será impossível salvar todas as raças ameaçadas, o que torna necessário o estabelecimento rápido de bancos de genes a fim de conservar o esperma e os óvulos dos animais das raças em risco de extinção”.
Exemplos
“A vaca Holstein Friesian, grande produtora leiteira, está presente em 128 países. As criações das galinhas poedeiras White Leghorn e os porcos Large White de rápido crescimento também se estenderam sensivelmente”.
“Em Uganda, a raça autóctone de bovinos Ankol, famosa por seus grandes chifres, poderia desaparecer em 25 anos, já que ela vem sendo substituída pelas Holstein Frisonne, que produz mais leite”.
“Numa seca recente que assolou esse país, no entanto, apenas os produtores que tinham mantido suas vacas da raça Ankol puderam salvar seu rebanho. A raça ugandense foi capaz de chegar a fontes d'água mais longínquas, o que não possível entre as vacas importadas”.
“Outro exemplo é o Vietnã. No norte desse país, a população de porcos em 1994 era composta por 72% de raças locais, enquanto hoje esse número é de apenas 26%”.
“Os cientistas ressaltam que as espécies oriundas dos países em desenvolvimento são indispensáveis para a adaptação do gado às condições climáticas e sanitárias difíceis de alguns países”.
Note bem: nos países ricos as pessoas se juntam para resolver coletivamente os problemas. Buscam soluções racionais e valorizam o conhecimento técnico e a educação. Nos países pobres as soluções comunitárias são menos comuns, sendo que grande parte delas são capitaneadas por religiões gerando pensamentos fantásticos e irracionais. É por isto que vemos procissões enormes acontecendo cada vez que há seca no nordeste do Brasil. Esta não é a saída, obviamente.
Estes mesmos que vão para a procissão não valorizam a educação e muito menos se mobilizam para buscar soluções técnicas. Outro dia eu vi um belo trabalho de uma ONG que descobriu uma forma de melhorar a extração de uma árvore da Amazônia. O que é esta ONG: um grupo de classe média que se interessou em conhecer o problema e resolvê-lo tecnicamente. Qual o envolvimento da população local no feito? Provavelmente nenhum.
Eu sou radicalmente a favor da reforma agrária e de invasão de terras griladas ou improdutivas. Mas, sou radicalmente a favor das pessoas, para receberem a terra, passarem por treinamentos de vários anos para produzir e produzir de forma ecologicamente sustentável. Sem esforço e sem mudar a forma de pensar destas pessoas pouco se constrói.
Os animais de criação do terceiro mundo estão correndo risco de extinção séria porque a população não cuida do próprio lixo, não valoriza a própria saúde e a própria educação. Será que irão valorizar estes animais? Falta a valorização do próprio meio em que vivem, falta valorizar o conhecimento e a busca por soluções racionais e comunitárias. Não é só falta de dinheiro.
(texto escrito utilizando algumas informações da folha de S. Paulo)
chicaodoispassos@yahoo.com.br
O planeta possui centenas de raças diferentes de galinhas. Algumas são escolhidas para sofrerem processo de melhoramento genético a fim de produzir mais ovo ou engordarem mais rápido para irem ao abate. O que acontece com as outras centenas de raças? Grande parte está sendo extinta progressivamente. Este é o alerta da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação).
Uma das saídas é a preservação desse patrimônio de biodiversidade em bancos genéticos. Outra é manter criatórios especializados nestes animais, com subvenção pública ou de fundações privadas. No caso de países ricos esta tem sido a solução: políticas estatais e alguns criadores conservam a maior parte das raças autóctones da Europa e da América do Norte, acrescentou.
Assim, o grande risco de extinção acontece nos países subdesenvolvidos. No caso do gado 70% das raças estão nestes países. Ovinos, caprinos e aves também possuem a maior diversidade nos países em desenvolvimento.
Nos países ricos o gado tem "uma base genética muito estrita e altamente especializada", já que 90% vêm de apenas seis raças rigorosamente definidas. Nos países em desenvolvimento e pequenos produtores agrícolas abandonaram a criação de animais tradicionais em favor de raças de rendimento mais elevado importadas dos Estados Unidos e da Europa. De acordo com os especialistas, será impossível salvar todas as raças ameaçadas, o que torna necessário o estabelecimento rápido de bancos de genes a fim de conservar o esperma e os óvulos dos animais das raças em risco de extinção”.
Exemplos
“A vaca Holstein Friesian, grande produtora leiteira, está presente em 128 países. As criações das galinhas poedeiras White Leghorn e os porcos Large White de rápido crescimento também se estenderam sensivelmente”.
“Em Uganda, a raça autóctone de bovinos Ankol, famosa por seus grandes chifres, poderia desaparecer em 25 anos, já que ela vem sendo substituída pelas Holstein Frisonne, que produz mais leite”.
“Numa seca recente que assolou esse país, no entanto, apenas os produtores que tinham mantido suas vacas da raça Ankol puderam salvar seu rebanho. A raça ugandense foi capaz de chegar a fontes d'água mais longínquas, o que não possível entre as vacas importadas”.
“Outro exemplo é o Vietnã. No norte desse país, a população de porcos em 1994 era composta por 72% de raças locais, enquanto hoje esse número é de apenas 26%”.
“Os cientistas ressaltam que as espécies oriundas dos países em desenvolvimento são indispensáveis para a adaptação do gado às condições climáticas e sanitárias difíceis de alguns países”.
Note bem: nos países ricos as pessoas se juntam para resolver coletivamente os problemas. Buscam soluções racionais e valorizam o conhecimento técnico e a educação. Nos países pobres as soluções comunitárias são menos comuns, sendo que grande parte delas são capitaneadas por religiões gerando pensamentos fantásticos e irracionais. É por isto que vemos procissões enormes acontecendo cada vez que há seca no nordeste do Brasil. Esta não é a saída, obviamente.
Estes mesmos que vão para a procissão não valorizam a educação e muito menos se mobilizam para buscar soluções técnicas. Outro dia eu vi um belo trabalho de uma ONG que descobriu uma forma de melhorar a extração de uma árvore da Amazônia. O que é esta ONG: um grupo de classe média que se interessou em conhecer o problema e resolvê-lo tecnicamente. Qual o envolvimento da população local no feito? Provavelmente nenhum.
Eu sou radicalmente a favor da reforma agrária e de invasão de terras griladas ou improdutivas. Mas, sou radicalmente a favor das pessoas, para receberem a terra, passarem por treinamentos de vários anos para produzir e produzir de forma ecologicamente sustentável. Sem esforço e sem mudar a forma de pensar destas pessoas pouco se constrói.
Os animais de criação do terceiro mundo estão correndo risco de extinção séria porque a população não cuida do próprio lixo, não valoriza a própria saúde e a própria educação. Será que irão valorizar estes animais? Falta a valorização do próprio meio em que vivem, falta valorizar o conhecimento e a busca por soluções racionais e comunitárias. Não é só falta de dinheiro.
(texto escrito utilizando algumas informações da folha de S. Paulo)
sábado, 8 de setembro de 2007
Elefanta Bambi -Circo Stankowich - 2005
Video com elefante do Crico Stankowich, preso em correntes e com comportamento neurotico pelo aprisionamento. Enviado por Andrea Lambert.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Carne eqüina, suculenta e adocicada, começa a chegar aos cardápios de SP
Janaina Fidalgo para Folha de S.Paulo
Ela tem coloração intensa e é bem suculenta. Aos olhos de um leigo, seria facilmente confundida com uma carne bovina. Na boca, diferencia-se pelo sabor mais forte e levemente adocicado. É carne do quê?! Carne de cavalo... Basta juntar as três palavras para ouvir reações adversas, provocadas geralmente pela imagem dócil do animal.
Se em países como a França há açougues especializados na comercialização da carne do eqüino e compêndios gastronômicos com verbetes dedicados ao assunto, por aqui seu consumo ainda é novidade. O Brasil é um dos maiores exportadores, mas toda a produção tem destino certo: os países europeus. Ou tinha.
De maneira ainda tímida, a carne começa a ser servida no país. O Friccò, restaurante do chef italiano Sauro Scarabotta, está testando a aceitação dela.
"O brasileiro é muito carnívoro, mas quando sai da picanha e do filé mignon bovino, fica meio reticente", diz Scarabotta, que criou alguns pratos com carne de cavalo. "Um ou outro cliente sabia que na Europa se consome essa carne, mas muitos perguntaram: "É cavalo mesmo?". É porque aqui servimos bife a cavalo, aquele com o ovo em cima. Eu dizia: "É carne de cavalo, não a cavalo".
Mas se a carne é saborosa, por que muitos brasileiros torcem o nariz ao ouvir falar nela?
"A repulsa não vem da carne, porque quase ninguém a experimentou, e sim porque o cavalo é um animal querido, com o qual as pessoas têm contato e afinidade. É como se falássemos em carne de cachorro", diz Guilherme Rinzler, diretor do Pomar, frigorífico de Araguari, em Minas Gerais, que há 47 anos exporta carne eqüina.
(...) "Não se come mais só para suprir o consumo energético, mas pelo prazer de conhecer. Caso contrário, a gente se restringiria a comer só um tipo de carne, de peixe. Comer faz parte da cultura que vamos agregando", diz Scarabotta.
Ela tem coloração intensa e é bem suculenta. Aos olhos de um leigo, seria facilmente confundida com uma carne bovina. Na boca, diferencia-se pelo sabor mais forte e levemente adocicado. É carne do quê?! Carne de cavalo... Basta juntar as três palavras para ouvir reações adversas, provocadas geralmente pela imagem dócil do animal.
Se em países como a França há açougues especializados na comercialização da carne do eqüino e compêndios gastronômicos com verbetes dedicados ao assunto, por aqui seu consumo ainda é novidade. O Brasil é um dos maiores exportadores, mas toda a produção tem destino certo: os países europeus. Ou tinha.
De maneira ainda tímida, a carne começa a ser servida no país. O Friccò, restaurante do chef italiano Sauro Scarabotta, está testando a aceitação dela.
"O brasileiro é muito carnívoro, mas quando sai da picanha e do filé mignon bovino, fica meio reticente", diz Scarabotta, que criou alguns pratos com carne de cavalo. "Um ou outro cliente sabia que na Europa se consome essa carne, mas muitos perguntaram: "É cavalo mesmo?". É porque aqui servimos bife a cavalo, aquele com o ovo em cima. Eu dizia: "É carne de cavalo, não a cavalo".
Mas se a carne é saborosa, por que muitos brasileiros torcem o nariz ao ouvir falar nela?
"A repulsa não vem da carne, porque quase ninguém a experimentou, e sim porque o cavalo é um animal querido, com o qual as pessoas têm contato e afinidade. É como se falássemos em carne de cachorro", diz Guilherme Rinzler, diretor do Pomar, frigorífico de Araguari, em Minas Gerais, que há 47 anos exporta carne eqüina.
(...) "Não se come mais só para suprir o consumo energético, mas pelo prazer de conhecer. Caso contrário, a gente se restringiria a comer só um tipo de carne, de peixe. Comer faz parte da cultura que vamos agregando", diz Scarabotta.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
FrankenSteer - The Passionate Eye
O vídeo está em inglês, aqui.
Frankensteer is a disturbing documentary that reveals how the ordinary cow has been turned into an antibiotic-dependent, hormone-laced ... all » potential carrier of toxic bacteria, all in the name of cheaper food. Frankensteer exposes the harsh and sometimes frightening realities of how our beef gets to our tables.
According to this compelling documentary, the beef industry, supported by North American government agencies and pharmaceutical companies, has engaged in an on-going experiment to create the perfect food machine. Their goal is to increase speed of production and reduce the cost of manufacture. But there is a price in producing a cheap industrial product. This benign, grazing herbivore has undergone a transformation in how it's raised, fed and slaughtered. And consumers, by and large, are totally unaware of the dangers lurking in their beloved steaks, ribs and, most especially, hamburgers.
According to Mike McBane of the Canadian Health Coalition, "When you bring a package of hamburger home from a supermarket, you have to treat it as toxic material"
Frankensteer reveals some startling facts: Every year, 50 per cent of the total tonnage of antibiotics used in Canada ends up in livestock. And every year cattle raised in massive feedlots are routinely dosed with antibiotics even if they are not sick.
Frankensteer is a disturbing documentary that reveals how the ordinary cow has been turned into an antibiotic-dependent, hormone-laced ... all » potential carrier of toxic bacteria, all in the name of cheaper food. Frankensteer exposes the harsh and sometimes frightening realities of how our beef gets to our tables.
According to this compelling documentary, the beef industry, supported by North American government agencies and pharmaceutical companies, has engaged in an on-going experiment to create the perfect food machine. Their goal is to increase speed of production and reduce the cost of manufacture. But there is a price in producing a cheap industrial product. This benign, grazing herbivore has undergone a transformation in how it's raised, fed and slaughtered. And consumers, by and large, are totally unaware of the dangers lurking in their beloved steaks, ribs and, most especially, hamburgers.
According to Mike McBane of the Canadian Health Coalition, "When you bring a package of hamburger home from a supermarket, you have to treat it as toxic material"
Frankensteer reveals some startling facts: Every year, 50 per cent of the total tonnage of antibiotics used in Canada ends up in livestock. And every year cattle raised in massive feedlots are routinely dosed with antibiotics even if they are not sick.
sábado, 25 de agosto de 2007
Convite! Melhor amiga dos cães precisa de ajuda
Do G1, no Rio
Dona Diolanda sempre gostou de cachorros. Há 15 anos, cuidava de 40 em sua casa, no Centro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Uma espécie de milagre da multiplicação elevou consideravelmente o número de hóspedes.
Hoje é impossível afirmar quantos são com segurança, pois os bichos se movimentam o dia inteiro entre o quintal e os vários cômodos da casa. A dona supõe que já passou de 300 animais, mas um empregado aposta em 400.
Dependendo do tratamento que precisam, os bichos, separados em grupos, ocupam uma parte determinada do terreno. O movimento de entrada de novos moradores é ininterrupto. Todos os dias são jogados, por cima do muro de Diolanda de Lima Bastos, cães doentes e velhos. “Só na semana passada, chegaram mais nove. Não pára de chegar”, ela conta.
(Os cachorros ocupam o quintal e vários cômodos da casa)
Hoje é impossível afirmar quantos são com segurança, pois os bichos se movimentam o dia inteiro entre o quintal e os vários cômodos da casa. A dona supõe que já passou de 300 animais, mas um empregado aposta em 400.
Dependendo do tratamento que precisam, os bichos, separados em grupos, ocupam uma parte determinada do terreno. O movimento de entrada de novos moradores é ininterrupto. Todos os dias são jogados, por cima do muro de Diolanda de Lima Bastos, cães doentes e velhos. “Só na semana passada, chegaram mais nove. Não pára de chegar”, ela conta.
(Os cachorros ocupam o quintal e vários cômodos da casa)
Dona Diolanda não consegue recusar os novos cães. Principalmente quando percebe que os bichos têm alguma doença, o que é muito comum. Para dar assistência à matilha, mantém três empregados que ajudam nos cuidados e na limpeza do abrigo, que anda em condições precárias. Atualmente há uma epidemia de cinomose, doença altamente contagiosa que não é transmitida para o homem, no quintal de dona Diolanda. Os cães ficam paralisados e correm risco de morte. O empregado Eduardo de Souza, há oito anos com ela, levou dois filhotes ao veterinário. Mas a doença não é o único problema que atinge os animais. Sarna e carrapatos também tiram o sono da melhor amiga dos cães.
Cuidar dos cachorros custa caro
Os custos com remédios, vacinas e alimentação são muito altos. Por dia, são 90 quilos de ração, divididos em seis sacos de 15 quilos. O abrigo é mantido com a ajuda de Edina Prado, professora da Faculdade Moacyr Sreder Bastos, e mais três amigas. Também conta com doações. Poucas. Edina mora perto de dona Diolanda e tem em casa sua matilha particular, atualmente com 34 cachorros. “O povo de Campo Grande não tem piedade de uma senhora tão idosa. Precisamos de ajuda”, implora a amiga. Ela criou o projeto UniãoAmorCão, que arrecada doações para os cães abandonados e um novo lar para eles. A professora conta que a veterinária Cláudia Kelab vacina, por caridade, castra e faz outros procedimentos nos cachorros do abrigo por menos da metade do preço. Edina não se cansa de pedir ajuda a ONGs (Organizações Não Governamentais) e à Prefeitura. Mas o serviço gratuito de castração oferecido pela Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais (SEPDA), segundo a professora, não resolve o problema. “Não dá pra levar os cachorros lá em Bonsucesso. A Prefeitura não paga o transporte. E são muitos os que precisam ser levados.”, lamenta.
Cuidar dos cachorros custa caro
Os custos com remédios, vacinas e alimentação são muito altos. Por dia, são 90 quilos de ração, divididos em seis sacos de 15 quilos. O abrigo é mantido com a ajuda de Edina Prado, professora da Faculdade Moacyr Sreder Bastos, e mais três amigas. Também conta com doações. Poucas. Edina mora perto de dona Diolanda e tem em casa sua matilha particular, atualmente com 34 cachorros. “O povo de Campo Grande não tem piedade de uma senhora tão idosa. Precisamos de ajuda”, implora a amiga. Ela criou o projeto UniãoAmorCão, que arrecada doações para os cães abandonados e um novo lar para eles. A professora conta que a veterinária Cláudia Kelab vacina, por caridade, castra e faz outros procedimentos nos cachorros do abrigo por menos da metade do preço. Edina não se cansa de pedir ajuda a ONGs (Organizações Não Governamentais) e à Prefeitura. Mas o serviço gratuito de castração oferecido pela Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais (SEPDA), segundo a professora, não resolve o problema. “Não dá pra levar os cachorros lá em Bonsucesso. A Prefeitura não paga o transporte. E são muitos os que precisam ser levados.”, lamenta.
Paulo Roberto, também empregado, conta que a convivência com vizinhos não é amistosa. "Eles só criticam o abrigo e querem ver os cachorros longe daqui". Dona Diolanda não se importa. Mesmo tendo sido mordida muitas vezes, só admite doar os animais se tiver garantias de que eles vão ser bem tratados em outra casa. Apesar de seu padrão de vida ter caído bastante por causa dos cães, dona Diolanda não se arrepende de dividir a casa com eles. “Eu já tive um vidão, carro na garagem, motorista. Minha casa era arrumada. Eles destruíram tudo. Não tem mesa, sofá, fogão, nada”, conta a protetora dos animais, que ficou viúva há 15 anos e, desde então, passou a dar abrigo aos cachorros abandonados. “Meu sonho é legalizar o abrigo. Aí, posso morrer tranqüila. Agora não dá nem pra morrer”, avisa.
Um almoço beneficente para arrecadar fundos para o abrigo acontecerá no dia 1º de setembro, a partir das 11h, no restaurante Tempeh, localizado na Rua 1º de Março, 24, sobreloja, no Centro do Rio. O abrigo que dona
Diolanda mantém em casa ganhou uma comunidade no Orkut.
O endereço eletrônico de dona Diolanda é http://br.geocities.com/uniaoamorcao/.
O endereço eletrônico de dona Diolanda é http://br.geocities.com/uniaoamorcao/.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Sadismo rima com capitalismo
Uma provocação: e se "Os 120 dias de Sodoma", de Sade, forem uma metáfora da racionalidade, dessensibilização, hierarquia e prazeres impossíveis que caracterizam as sociedades dominadas por mercados?
Por Patrick Vassort, agosto de 2007, no Le Monde Diplomatique-Brasil.
A principal obra de Donatien Alphonse François de Sade (1740-1814) é Os 120 dias de Sodoma (1785). Trata-se de uma sociedade totalitária (...)Imaginando um rapto maciço de indivíduos jovens e velhos dos dois sexos, com todos os vícios e todas as virtudes, por um grupo de libertinos, o marquês de Sade constrói o “mundo perfeito” da produção sexual com a finalidade do “gozo absoluto”. Esse gozo seria a representação de uma produtividade recorde, ela própria absoluta.
Contemporâneo do início da industrialização, Sade propõe uma visão mais radical que a dos economistas fisiocratas (...) Para ele, a relação com o corpo torna-se taylorista antes de Taylor [2]. Isto porque responde às exigências da produção corporal e sexual no sentido da máxima produtividade e do máximo rendimento, como também o faz o capital, em sua busca neurótica de produção, de reprodução e de desenvolvimento. Os 120 Dias de Sodoma mostram três principais racionalizações: a do espaço, a do tempo e a do corpo como meio de produção. Três racionalizações que estão igualmente na base da economia política das sociedades capitalistas (...)
Para leitura completa, clique no título.
Por Patrick Vassort, agosto de 2007, no Le Monde Diplomatique-Brasil.
A principal obra de Donatien Alphonse François de Sade (1740-1814) é Os 120 dias de Sodoma (1785). Trata-se de uma sociedade totalitária (...)Imaginando um rapto maciço de indivíduos jovens e velhos dos dois sexos, com todos os vícios e todas as virtudes, por um grupo de libertinos, o marquês de Sade constrói o “mundo perfeito” da produção sexual com a finalidade do “gozo absoluto”. Esse gozo seria a representação de uma produtividade recorde, ela própria absoluta.
Contemporâneo do início da industrialização, Sade propõe uma visão mais radical que a dos economistas fisiocratas (...) Para ele, a relação com o corpo torna-se taylorista antes de Taylor [2]. Isto porque responde às exigências da produção corporal e sexual no sentido da máxima produtividade e do máximo rendimento, como também o faz o capital, em sua busca neurótica de produção, de reprodução e de desenvolvimento. Os 120 Dias de Sodoma mostram três principais racionalizações: a do espaço, a do tempo e a do corpo como meio de produção. Três racionalizações que estão igualmente na base da economia política das sociedades capitalistas (...)
Para leitura completa, clique no título.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Are the Bees Dying off Because They're Too Busy?
By Susan Kuchinskas, East Bay Express. Posted August 11, 2007.
Are bees dying because factory farms are "overworking" them? California bee farmers who let their hives take it easy find their colonies are thriving.
All across America, a mysterious disease is wiping out bee colonies. This malady causes all the bees in a hive to seemingly vanish overnight, abandoning their brood in the nursery, as well as their stores of honey and pollen. Other bees and pests, which normally plunder deserted honey, shun these hives. This baffling die-off dealt a financial blow to commercial beekeepers this season and raised fears of environmental and economic disaster. For farmers, no bees means no pollination.
But pollination is happening like mad in Leah Fortin's tiny yard in North Oakland, Calif. Busy little bee bodies cover the clumps of lavender, salvia and roses that line her driveway. More bees work the malaleucas on the parking strip, those trees with shaggy bark that look like giant Q-tips when they're in bloom.
A lot of these bees -- although surely not all -- come from the hive on Fortin's roof. The unobtrusive wooden box, barely 20 inches by 16, and 13 inches high, sits on the tar-and-gravel roof of her stucco bungalow, sheltered by the chimney. Honeybees bustle in and out of the narrow slit along the bottom, delivering bundles of pollen and droplets of nectar, then hurrying out again for more.
"The neighbors call us 'The Little House on the Prairie,'" Fortin said on a recent summer afternoon. "They think I'm a kook."
Fortin, who administers after-school programs, captured this wild swarm in early May, and so far it's thriving. "My book said to take two pieces of cardboard and scoop them into a five-gallon paint can, so that's what I did," she said. "I was scared shitless. I had no idea what I was doing." She covered the can with a net and drove home. "It worked, and there they are."
Fortin put out a small jar of honey to make the new colony feel at home; since then, she's done nothing except peek at them once in a while. "It doesn't matter what you know and what you don't know," she said. "The bees know what they're doing." And what they do is pollinate.
Honeybees aren't native to North America, so indigenous plants don't need them for pollination. If all the honeybees disappeared, we'd still have corn and wheat. But most of the imported fruit and vegetable species commonly thought of as quintessentially Californian -- almonds, grapes, plums, cucumbers, cantaloupe, asparagus -- need the help of bees to wed male pollen to female pistil. Without bees, there would be no apples, no cherries, no tomatoes, no zucchini. Even tofu would be scarcer -- soybeans depend partly on the honeybee for pollination.
Most of these crops are no longer pollinated by wild honeybees. Like many indigenous insects and plants, feral honeybees have been nearly wiped out by pesticides, loss of habitat and parasites like the varroa mite.
Meanwhile, commercial beekeeping has come to resemble other kinds of factory farming. While the bees themselves retain more freedom of movement than almost any other living creature raised by man, a commercial bee lot is more like a cattle feed lot than a wild meadow.
Beehives are crammed close together in rows just a few feet apart; in the wild, a square mile supports at the most three or four hives. A wild colony's diet is diverse, comprising pollen and nectar from myriad plants. To compensate for the lack of forage around bee lots, bees are typically fed high-fructose corn syrup, the same stuff that's contributing to a human health crisis. And just like other agricultural livestock, bees become stressed when you crowd them together. They're more susceptible to diseases and parasites, less able to function naturally.
It's all making some bee scientists wonder: Is the epidemic known as Colony Collapse Disorder real, or are the bees simply being worked to death?
Big beesness
If you want to put bees' value into dollars and cents, just look at California's almond industry. Almonds are the state's second-largest crop, with farmers raking in $2.34 billion in 2005. This year's yield, grown on 615,000 acres, is expected to be a record 1.310 billion pounds, up 18 percent from last year -- despite the dire statistics about Colony Collapse Disorder.
If you drive through the heart of California's agriculture industry, the Central Valley, watching the miles of orchards in bloom, they look natural. In fact, the California almond industry depends on a herculean human effort to subvert the natural order of things. In nature, most flowers don't get pollinated. But you don't get a billion-pound harvest by letting nature take its course. In the old days, an orchard owner might invite a beekeeper to keep hives on his land in a mutually beneficial arrangement. The agribusiness way is to rent hives for the two-week almond pollination season. This year, growers paid $150 per hive, placing three to five hives per acre.
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Are bees dying because factory farms are "overworking" them? California bee farmers who let their hives take it easy find their colonies are thriving.
All across America, a mysterious disease is wiping out bee colonies. This malady causes all the bees in a hive to seemingly vanish overnight, abandoning their brood in the nursery, as well as their stores of honey and pollen. Other bees and pests, which normally plunder deserted honey, shun these hives. This baffling die-off dealt a financial blow to commercial beekeepers this season and raised fears of environmental and economic disaster. For farmers, no bees means no pollination.
But pollination is happening like mad in Leah Fortin's tiny yard in North Oakland, Calif. Busy little bee bodies cover the clumps of lavender, salvia and roses that line her driveway. More bees work the malaleucas on the parking strip, those trees with shaggy bark that look like giant Q-tips when they're in bloom.
A lot of these bees -- although surely not all -- come from the hive on Fortin's roof. The unobtrusive wooden box, barely 20 inches by 16, and 13 inches high, sits on the tar-and-gravel roof of her stucco bungalow, sheltered by the chimney. Honeybees bustle in and out of the narrow slit along the bottom, delivering bundles of pollen and droplets of nectar, then hurrying out again for more.
"The neighbors call us 'The Little House on the Prairie,'" Fortin said on a recent summer afternoon. "They think I'm a kook."
Fortin, who administers after-school programs, captured this wild swarm in early May, and so far it's thriving. "My book said to take two pieces of cardboard and scoop them into a five-gallon paint can, so that's what I did," she said. "I was scared shitless. I had no idea what I was doing." She covered the can with a net and drove home. "It worked, and there they are."
Fortin put out a small jar of honey to make the new colony feel at home; since then, she's done nothing except peek at them once in a while. "It doesn't matter what you know and what you don't know," she said. "The bees know what they're doing." And what they do is pollinate.
Honeybees aren't native to North America, so indigenous plants don't need them for pollination. If all the honeybees disappeared, we'd still have corn and wheat. But most of the imported fruit and vegetable species commonly thought of as quintessentially Californian -- almonds, grapes, plums, cucumbers, cantaloupe, asparagus -- need the help of bees to wed male pollen to female pistil. Without bees, there would be no apples, no cherries, no tomatoes, no zucchini. Even tofu would be scarcer -- soybeans depend partly on the honeybee for pollination.
Most of these crops are no longer pollinated by wild honeybees. Like many indigenous insects and plants, feral honeybees have been nearly wiped out by pesticides, loss of habitat and parasites like the varroa mite.
Meanwhile, commercial beekeeping has come to resemble other kinds of factory farming. While the bees themselves retain more freedom of movement than almost any other living creature raised by man, a commercial bee lot is more like a cattle feed lot than a wild meadow.
Beehives are crammed close together in rows just a few feet apart; in the wild, a square mile supports at the most three or four hives. A wild colony's diet is diverse, comprising pollen and nectar from myriad plants. To compensate for the lack of forage around bee lots, bees are typically fed high-fructose corn syrup, the same stuff that's contributing to a human health crisis. And just like other agricultural livestock, bees become stressed when you crowd them together. They're more susceptible to diseases and parasites, less able to function naturally.
It's all making some bee scientists wonder: Is the epidemic known as Colony Collapse Disorder real, or are the bees simply being worked to death?
Big beesness
If you want to put bees' value into dollars and cents, just look at California's almond industry. Almonds are the state's second-largest crop, with farmers raking in $2.34 billion in 2005. This year's yield, grown on 615,000 acres, is expected to be a record 1.310 billion pounds, up 18 percent from last year -- despite the dire statistics about Colony Collapse Disorder.
If you drive through the heart of California's agriculture industry, the Central Valley, watching the miles of orchards in bloom, they look natural. In fact, the California almond industry depends on a herculean human effort to subvert the natural order of things. In nature, most flowers don't get pollinated. But you don't get a billion-pound harvest by letting nature take its course. In the old days, an orchard owner might invite a beekeeper to keep hives on his land in a mutually beneficial arrangement. The agribusiness way is to rent hives for the two-week almond pollination season. This year, growers paid $150 per hive, placing three to five hives per acre.
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Interditada ONG por maus tratos a animais
Uma Organização Não Governamental que cuidaria de cães e gatos perdidos, recolhidos em ruas da Baixada Fluminense, foi interditada na noite de terça-feira (14), por maus tratos aos animais. Segundo o delegado da 60ª DP (Campos Elíseos), Paulo César Guimarães, os bichos estavam em estado de abandono.
O responsável pelo local, Américo Pessoa de Oliveira Filho, de 43 anos, acabou autuado. Ele tinha comparecido à delegacia para prestar queixa de estar sendo ameaçado pela vizinha por causa do barulho dos animais.
Segundo o delegado, após ouvir o relato de Américo, ele foi até a ONG, em Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para verificar se os animais provocavam o barulho que teria motivado as ameaças da vizinhança. Ao chegar ao local, o delegado constatou que os cães e gatos estavam sendo mal tratados e em estado de abandono.
Canibalismo - O delegado informou ainda que por falta de alimentação, houve caso de canibalismo entre os animais. O delegado disse ainda que fez contato com representantes da Suipa - Sociedade União Internacional Protetora de Animais, que afirmaram que Américo era uma pessoa conhecida, além de usar a suposta ONG para ganhar dinheiro. Américo, inclusive, usaria nomes de terceiros, para conseguir as doações.
Américo vai responder por crime ambiental e por mal trato de animais domésticos. (Globo Online)
O responsável pelo local, Américo Pessoa de Oliveira Filho, de 43 anos, acabou autuado. Ele tinha comparecido à delegacia para prestar queixa de estar sendo ameaçado pela vizinha por causa do barulho dos animais.
Segundo o delegado, após ouvir o relato de Américo, ele foi até a ONG, em Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para verificar se os animais provocavam o barulho que teria motivado as ameaças da vizinhança. Ao chegar ao local, o delegado constatou que os cães e gatos estavam sendo mal tratados e em estado de abandono.
Canibalismo - O delegado informou ainda que por falta de alimentação, houve caso de canibalismo entre os animais. O delegado disse ainda que fez contato com representantes da Suipa - Sociedade União Internacional Protetora de Animais, que afirmaram que Américo era uma pessoa conhecida, além de usar a suposta ONG para ganhar dinheiro. Américo, inclusive, usaria nomes de terceiros, para conseguir as doações.
Américo vai responder por crime ambiental e por mal trato de animais domésticos. (Globo Online)
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
domingo, 12 de agosto de 2007
Ciência construída sobre a dor da natureza
Ciência construída sobre a dor da natureza
DIA 11.08.2007 - JORNAL O GLOBO - Página 3 - PROSA E VERSO
Filósofa Sônia T. Felipe mostra que progresso à custa do sacrifício de animais não é aceitável nem verdadeiro
Ética e experimentação animal: fundamentos abolicionistas, de Sônia T. Felipe. Editora da UFSC, 351 páginas. R$ 40
Regina Schöpke
Como diz Vinícius de Moraes: "a vida é a arte dos encontros". Alguns são bons, outros nem tanto; mas certamente não há vida ou ser que não se defina, como já dizia Espinosa, pela sua capacidade de afetar e de ser afetado por outros seres. Nesse sentido, independentemente do valor arbitrário que se atribua à vida (porque, para a natureza, não existem seres superiores ou inferiores, mas simplesmente seres), a verdade é que todos os existentes estão em relação uns com os outros, estão perpetuamente se agenciando. Um bom encontro, nesse caso, é aquele que aumenta o nosso poder de ação, é aquele que nos torna mais fortes; um mau encontro é aquele que decompõe nossas forças, que diminui nossa capacidade de expansão e de vida. Nessa ética profunda de Espinosa, qualquer vida é soberana e a escravidão não pode ser pensada senão como um mau encontro, como um ato de tirania que impede um ser de simplesmente ser, de viver, de agir, de ser senhor de si mesmo e de suas ações.
Humanidade sofre de sonolência moral e ética (leia tudo aqui)
DIA 11.08.2007 - JORNAL O GLOBO - Página 3 - PROSA E VERSO
Filósofa Sônia T. Felipe mostra que progresso à custa do sacrifício de animais não é aceitável nem verdadeiro
Ética e experimentação animal: fundamentos abolicionistas, de Sônia T. Felipe. Editora da UFSC, 351 páginas. R$ 40
Regina Schöpke
Como diz Vinícius de Moraes: "a vida é a arte dos encontros". Alguns são bons, outros nem tanto; mas certamente não há vida ou ser que não se defina, como já dizia Espinosa, pela sua capacidade de afetar e de ser afetado por outros seres. Nesse sentido, independentemente do valor arbitrário que se atribua à vida (porque, para a natureza, não existem seres superiores ou inferiores, mas simplesmente seres), a verdade é que todos os existentes estão em relação uns com os outros, estão perpetuamente se agenciando. Um bom encontro, nesse caso, é aquele que aumenta o nosso poder de ação, é aquele que nos torna mais fortes; um mau encontro é aquele que decompõe nossas forças, que diminui nossa capacidade de expansão e de vida. Nessa ética profunda de Espinosa, qualquer vida é soberana e a escravidão não pode ser pensada senão como um mau encontro, como um ato de tirania que impede um ser de simplesmente ser, de viver, de agir, de ser senhor de si mesmo e de suas ações.
Humanidade sofre de sonolência moral e ética (leia tudo aqui)
Suddenly, the Hunt Is On for Cage-Free Eggs
TNYTimes
By KIM SEVERSON
Published: August 12, 2007
The toy industry had its Tickle Me Elmo, the automakers the Prius and technology its iPhone. Now, the food world has its latest have-to-have-it product: the cage-free egg.
The eggs, from chickens raised in large, open barns instead of stacks of small wire cages, have become the latest addition to menus at universities, hotel chains like Omni and cafeterias at companies like Google. The Whole Foods supermarket chain sells nothing else, and even Burger King is getting in on the trend.
(...)Growing consumer concern with farm animal welfare and interest in local and sustainable agriculture have driven some of the popularity, but campaigns by animal rights activists have had a lot to do with it. The Humane Society of the United States began a campaign against battery cages in 2005, pressuring egg producers to improve conditions and companies to change their policies. Last week, the group took on Wendy’s with a series of print and radio advertisements urging the company to follow Burger King’s lead on eggs.
(...)Officials at Notre Dame turned down a request by a campus animal rights group to switch to cage-free eggs after investigating the issue for six months.
The university, which serves 16,000 meals a day in its dining halls, visited both cage and cage-free operations, examining animal welfare, food safety, environmental impact, taste and other issues. Both operations they toured appeared to take equally good care of their chickens, said Jocie Antonelli, nutrition and safety manager.
The university decided that its current source of eggs, which uses a cage system, had the edge in food safety.
“There are pros and cons to each system,” Ms. Antonelli said. “Either way, these are not free-roaming chickens living out in a pasture.”But to people pushing for change, getting rid of battery cages is a start.“
While cage-free certainly does not mean cruelty-free, it’s a significant step in the right direction,” said Paul Shapiro of the Humane Society.
By KIM SEVERSON
Published: August 12, 2007
The toy industry had its Tickle Me Elmo, the automakers the Prius and technology its iPhone. Now, the food world has its latest have-to-have-it product: the cage-free egg.
The eggs, from chickens raised in large, open barns instead of stacks of small wire cages, have become the latest addition to menus at universities, hotel chains like Omni and cafeterias at companies like Google. The Whole Foods supermarket chain sells nothing else, and even Burger King is getting in on the trend.
(...)Growing consumer concern with farm animal welfare and interest in local and sustainable agriculture have driven some of the popularity, but campaigns by animal rights activists have had a lot to do with it. The Humane Society of the United States began a campaign against battery cages in 2005, pressuring egg producers to improve conditions and companies to change their policies. Last week, the group took on Wendy’s with a series of print and radio advertisements urging the company to follow Burger King’s lead on eggs.
(...)Officials at Notre Dame turned down a request by a campus animal rights group to switch to cage-free eggs after investigating the issue for six months.
The university, which serves 16,000 meals a day in its dining halls, visited both cage and cage-free operations, examining animal welfare, food safety, environmental impact, taste and other issues. Both operations they toured appeared to take equally good care of their chickens, said Jocie Antonelli, nutrition and safety manager.
The university decided that its current source of eggs, which uses a cage system, had the edge in food safety.
“There are pros and cons to each system,” Ms. Antonelli said. “Either way, these are not free-roaming chickens living out in a pasture.”But to people pushing for change, getting rid of battery cages is a start.“
While cage-free certainly does not mean cruelty-free, it’s a significant step in the right direction,” said Paul Shapiro of the Humane Society.
sábado, 11 de agosto de 2007
Libertar os animais, reumanizar a vida
Do Le Monde Diplomatique-Brasil
Enxergar nas outras espécies seres que sentem e sofrem é um enorme passo para que o ser humano se livre das brutalidades que comete contra si mesmo
Um meio-sorriso irônico – parte condescendência, parte desdém – ainda predomina, em alguns ambientes, diante do discurso em favor dos direitos dos animais. Ele soa frívolo, a certos ouvidos: é como se sustentá-lo fosse sinal de futilidade ou escapismo, num mundo em que milhões de crianças passam fome ou padecem nas guerras.
Professor de Direito na Universidade de Rutgers (Nova Jersey), o norte-americano Gary Francione tem uma resposta para esta postura de descaso. Produzido pela redação do Le Monde diplomatique, o texto Manifesto pela Libertação dos Animais (cujo título original é "Pour l’abolition de l’animal-esclave"), que integra a edição de setembro do Le Monde Diplomatique-Brasil, é uma síntese das teorias de Garry Francione sobre a abolição da exploração animal, segundo expostas no colóquio "Théories sur les droits des animaux et le bien-être animal", na Universidade de Valência (Espanha) em maio de 2006. O texto sugere que o massacre dos animais é também um ato do ser humano contra si próprio. Nós o praticamos porque estamos mergulhados em relações sociais que nos cegam. Enxergar nas outras espécies seres que sentem e sofrem é um enorme passo para nos livrarmos das brutalidades que cometemos entre nós mesmos.
O argumento de Francione é original porque, num aparente paradoxo, associa defesa dos animais a humanismo. Ele não nega o direito da espécie humana a lutar, como todas as outras, por seus "interesses vitais". Mas demonstra que, na etapa atual de nosso desenvolvimento, continuar confinando, torturando e massacrando outros seres não tem nenhum laço com nossa sobrevivência ou bem-estar – mas com nossa submissão à lógica da propriedade e da mercantilização.
Sim, sustenta o Manifesto: assim como ocorria com os escravos, há três séculos, os animais são considerados mercadorias. E uma sociedade em que a regra essencial de sucesso é a posse de bens materiais torna-se indiferente tanto à crueldade quanto à irracionalidade do massacre. Mais de 8 bilhões de animais são mortos todos os anos (16 mil por minuto), só nos Estados Unidos – o maior consumidor. Na condição de coisas, eles devem ser tão rentáveis quanto possível. Por isso, são confinados, do nascimento ao sacrifício, em celas exíguas, onde muitas vezes os únicos movimentos possíveis são respirar, comer e digerir. Sua execução ocorre quase sempre "em dor e aos gritos, em ambientes fétidos". Quando destinados a experimentos industriais (em testes de cosméticos, por exemplo), sofrem, vivos, amputações e queimaduras químicas em série. Nas universidades, são freqüentemente utilizados sem necessidade, para "experimentos" repetidos e de resultado óbvio, que poderiam perfeitamente ser substituídos por recursos audiovisuais.
Não precisamos deles para nosso sustento. Ao contrário, mostra o texto: sua criação industrial consome recursos que fazem falta a outros seres humanos e é uma ameaça ao ambiente. "Para cada quilo de proteína fornecida, o animal deve consumir cerca de 6 quilos de proteínas vegetais e forragem; e produzir um quilo de carne exige mais de 100 mil litros de água – enquanto a produção de um quilo de trigo não chega a exigir 900 litros".
Uma causa que se difunde e obtém vitórias
A indústria da carne animal apóia-se, é claro, num hábito atávico da humanidade. Mas, como tantos outros, ele poderia ser alterado aos poucos, por meio de recursos como a sensibilização e a pesquisa científica voltada para produzir alimentos que imitassem o sabor da carne. No entanto, a mercantilização é um enorme obstáculo, como mostra o Manifesto: "O ’sofrimento’ dos proprietários, por não poder usufruir da ’propriedade’ a seu bel-prazer conta mais do que a dor do animal. (...) Os industriais da carne avaliam que as práticas de mutilar animais, sejam quais forem a dor e o sofrimento suportados por eles, são normais e necessárias. Os tribunais presumem que os proprietários não infligirão intencionalmente atos de crueldade inútil, que diminuiriam o valor monetário do animal".
Felizmente, as últimas décadas têm sido marcadas pela difusão dos movimentos e organizações que combatem a mercantilização do mundo dedicando-se aos direitos dos animais. Atuam em múltiplas frentes: a defesa das espécies silvestres, a luta contra a caça, a denúncia da experimentação “científica” desnecessária, o combate contra maus-tratos impostos aos bichos domesticados, o resgate dos que são abandonados por seus “donos”. Le Monde Diplomatique tem acompanhado algumas destas ações. Em agosto de 2004, uma reportagem focalizou a Grã-Bretanha – onde tem havido vitórias importantes e onde certos grupos, em nome dos bichos, desafiam leis e agem na clandestinidade. Em agosto de 2002, destacamos o esforço para proteger os elefantes, ameaçados pelo comércio clandestino de marfim. Junto com o ativismo, têm se multiplicado, especialmente na internet, as fontes alternativas de informação sobre o tema. Algumas delas estão relacionadas ao final deste texto.
Nenhuma grande causa merece ser transformada num fundamentalismo. Se você ainda é carnívoro (como o autor destas linhas), deleite-se com seu churrasco, neste fim de semana. Considere a hipótese de substituí-lo por prazeres, digamos, mais humanos... Acompanhe e participe das ações que combatem todos os tipos de maus-tratos. E repare: você tem agora mais um motivo para continuar construindo relações sociais que, livres da ditadura da mercadoria, nos permitam enxergar e enfrentar a crueldade.
Nosso dossiê:
No Le Monde Diplomatique-Brasil:
Manifesto pela Libertação dos Animais, pela redação do Le Monde diplomatiqueOs guerrilheiros da causa animal, Cédric Gouverneur, agosto de 2004Salvemos os elefantes, Hubert Reeves, agosto 2002
Outras Fontes:
Declaração Universal dos Direitos dos Animais, aprovada pela Unesco, em 1978 (no site do Instituto Butantã, de São Paulo).
Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis: site geral, links de organizações brasileiras e página com legislação do país sobre o tema.
Vegetarianismo: Sítio Vegetariano, Instituto Nina Rosa e entrevista (em português) com Tom Regan, autor de Jaulas Abertas.
Entrevistas (em inglês) com Garry Francione: Animal Liberation (Austrália) e no Friends of Animals (EUA). Veja também o site do autor (em inglês).
Wikipedia (em inglês): Importantes textos sobre direitos dos animais e movimento de libertação animal; 184 sub-verbetes e links de organizações ligados ao tema “Animal Liberation Moviment”.
Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF): páginas em português e inglês.
BUAV, campanha britânica pelo fim das experiências desnecessárias com animais (em inglês).
Enxergar nas outras espécies seres que sentem e sofrem é um enorme passo para que o ser humano se livre das brutalidades que comete contra si mesmo
Um meio-sorriso irônico – parte condescendência, parte desdém – ainda predomina, em alguns ambientes, diante do discurso em favor dos direitos dos animais. Ele soa frívolo, a certos ouvidos: é como se sustentá-lo fosse sinal de futilidade ou escapismo, num mundo em que milhões de crianças passam fome ou padecem nas guerras.
Professor de Direito na Universidade de Rutgers (Nova Jersey), o norte-americano Gary Francione tem uma resposta para esta postura de descaso. Produzido pela redação do Le Monde diplomatique, o texto Manifesto pela Libertação dos Animais (cujo título original é "Pour l’abolition de l’animal-esclave"), que integra a edição de setembro do Le Monde Diplomatique-Brasil, é uma síntese das teorias de Garry Francione sobre a abolição da exploração animal, segundo expostas no colóquio "Théories sur les droits des animaux et le bien-être animal", na Universidade de Valência (Espanha) em maio de 2006. O texto sugere que o massacre dos animais é também um ato do ser humano contra si próprio. Nós o praticamos porque estamos mergulhados em relações sociais que nos cegam. Enxergar nas outras espécies seres que sentem e sofrem é um enorme passo para nos livrarmos das brutalidades que cometemos entre nós mesmos.
O argumento de Francione é original porque, num aparente paradoxo, associa defesa dos animais a humanismo. Ele não nega o direito da espécie humana a lutar, como todas as outras, por seus "interesses vitais". Mas demonstra que, na etapa atual de nosso desenvolvimento, continuar confinando, torturando e massacrando outros seres não tem nenhum laço com nossa sobrevivência ou bem-estar – mas com nossa submissão à lógica da propriedade e da mercantilização.
Sim, sustenta o Manifesto: assim como ocorria com os escravos, há três séculos, os animais são considerados mercadorias. E uma sociedade em que a regra essencial de sucesso é a posse de bens materiais torna-se indiferente tanto à crueldade quanto à irracionalidade do massacre. Mais de 8 bilhões de animais são mortos todos os anos (16 mil por minuto), só nos Estados Unidos – o maior consumidor. Na condição de coisas, eles devem ser tão rentáveis quanto possível. Por isso, são confinados, do nascimento ao sacrifício, em celas exíguas, onde muitas vezes os únicos movimentos possíveis são respirar, comer e digerir. Sua execução ocorre quase sempre "em dor e aos gritos, em ambientes fétidos". Quando destinados a experimentos industriais (em testes de cosméticos, por exemplo), sofrem, vivos, amputações e queimaduras químicas em série. Nas universidades, são freqüentemente utilizados sem necessidade, para "experimentos" repetidos e de resultado óbvio, que poderiam perfeitamente ser substituídos por recursos audiovisuais.
Não precisamos deles para nosso sustento. Ao contrário, mostra o texto: sua criação industrial consome recursos que fazem falta a outros seres humanos e é uma ameaça ao ambiente. "Para cada quilo de proteína fornecida, o animal deve consumir cerca de 6 quilos de proteínas vegetais e forragem; e produzir um quilo de carne exige mais de 100 mil litros de água – enquanto a produção de um quilo de trigo não chega a exigir 900 litros".
Uma causa que se difunde e obtém vitórias
A indústria da carne animal apóia-se, é claro, num hábito atávico da humanidade. Mas, como tantos outros, ele poderia ser alterado aos poucos, por meio de recursos como a sensibilização e a pesquisa científica voltada para produzir alimentos que imitassem o sabor da carne. No entanto, a mercantilização é um enorme obstáculo, como mostra o Manifesto: "O ’sofrimento’ dos proprietários, por não poder usufruir da ’propriedade’ a seu bel-prazer conta mais do que a dor do animal. (...) Os industriais da carne avaliam que as práticas de mutilar animais, sejam quais forem a dor e o sofrimento suportados por eles, são normais e necessárias. Os tribunais presumem que os proprietários não infligirão intencionalmente atos de crueldade inútil, que diminuiriam o valor monetário do animal".
Felizmente, as últimas décadas têm sido marcadas pela difusão dos movimentos e organizações que combatem a mercantilização do mundo dedicando-se aos direitos dos animais. Atuam em múltiplas frentes: a defesa das espécies silvestres, a luta contra a caça, a denúncia da experimentação “científica” desnecessária, o combate contra maus-tratos impostos aos bichos domesticados, o resgate dos que são abandonados por seus “donos”. Le Monde Diplomatique tem acompanhado algumas destas ações. Em agosto de 2004, uma reportagem focalizou a Grã-Bretanha – onde tem havido vitórias importantes e onde certos grupos, em nome dos bichos, desafiam leis e agem na clandestinidade. Em agosto de 2002, destacamos o esforço para proteger os elefantes, ameaçados pelo comércio clandestino de marfim. Junto com o ativismo, têm se multiplicado, especialmente na internet, as fontes alternativas de informação sobre o tema. Algumas delas estão relacionadas ao final deste texto.
Nenhuma grande causa merece ser transformada num fundamentalismo. Se você ainda é carnívoro (como o autor destas linhas), deleite-se com seu churrasco, neste fim de semana. Considere a hipótese de substituí-lo por prazeres, digamos, mais humanos... Acompanhe e participe das ações que combatem todos os tipos de maus-tratos. E repare: você tem agora mais um motivo para continuar construindo relações sociais que, livres da ditadura da mercadoria, nos permitam enxergar e enfrentar a crueldade.
Nosso dossiê:
No Le Monde Diplomatique-Brasil:
Manifesto pela Libertação dos Animais, pela redação do Le Monde diplomatiqueOs guerrilheiros da causa animal, Cédric Gouverneur, agosto de 2004Salvemos os elefantes, Hubert Reeves, agosto 2002
Outras Fontes:
Declaração Universal dos Direitos dos Animais, aprovada pela Unesco, em 1978 (no site do Instituto Butantã, de São Paulo).
Associação Protetora de Animais São Francisco de Assis: site geral, links de organizações brasileiras e página com legislação do país sobre o tema.
Vegetarianismo: Sítio Vegetariano, Instituto Nina Rosa e entrevista (em português) com Tom Regan, autor de Jaulas Abertas.
Entrevistas (em inglês) com Garry Francione: Animal Liberation (Austrália) e no Friends of Animals (EUA). Veja também o site do autor (em inglês).
Wikipedia (em inglês): Importantes textos sobre direitos dos animais e movimento de libertação animal; 184 sub-verbetes e links de organizações ligados ao tema “Animal Liberation Moviment”.
Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF): páginas em português e inglês.
BUAV, campanha britânica pelo fim das experiências desnecessárias com animais (em inglês).
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Abate humanitário: Bem-estar de quem?
Através de uma manifestação alegre e divertida, ativistas do Rio de Janeiro deixaram sua mensagem de protesto em relação ao posicionamento da organização WSPA.
Com sede em Londres e diversas filiais ao redor do mundo, a WSPA é a maior organização de proteção dos animais existente. No último dia 01, inaugurou uma exposição de fotos no Shopping Rio Sul. A WSPA conta com apoio de diversas entidades como a ONU e, muitos artistas e personalidades da mídia. (foto: a apresentadora vegetariana Luiza Mel com ativistas)
Porém, para os ativistas que estiveram presentes no evento é incoerente apoiar uma entidade protetora de animais, se esta apoia o uso de animais para consumo, entreterimento, testes e comércio. Segundo uma das ativistas veganas, "a idéia de que é possível o abate e uso de animais sem crueldade, legitima a morte, a exploração e o sofrimento de animais. Como é possível isso?". "Coloque-se no lugar deles, é possível?".
As plaquinhas de pensamento espalhadas por mais de vinte ativistas vegetarianos, na exposição, continham dizeres como:
"Abate humanitário: Bem-estar de quem?", "Comércio de animais: Bem-estar de quem?", "Entreterimento com animais: Bem-estar de quem?", "Testes em animais: Bem-estar de quem?".
Ao questionarem se os organizadores ou responsáveis pelo evento e pela entidade eram vegetarianos, os ativistas obtiveram uma resposta negativa.
"É claro que para eles nossa mensagem não passa de utopia, a violência ainda faz parte das suas refeições do dia-a-dia. Gostaria de saber se um deles vai ao abatedouro humanitário, ver o que um abatedouro humanitário significa", disse outro ativista.
Com sede em Londres e diversas filiais ao redor do mundo, a WSPA é a maior organização de proteção dos animais existente. No último dia 01, inaugurou uma exposição de fotos no Shopping Rio Sul. A WSPA conta com apoio de diversas entidades como a ONU e, muitos artistas e personalidades da mídia. (foto: a apresentadora vegetariana Luiza Mel com ativistas)
Porém, para os ativistas que estiveram presentes no evento é incoerente apoiar uma entidade protetora de animais, se esta apoia o uso de animais para consumo, entreterimento, testes e comércio. Segundo uma das ativistas veganas, "a idéia de que é possível o abate e uso de animais sem crueldade, legitima a morte, a exploração e o sofrimento de animais. Como é possível isso?". "Coloque-se no lugar deles, é possível?".
As plaquinhas de pensamento espalhadas por mais de vinte ativistas vegetarianos, na exposição, continham dizeres como:
"Abate humanitário: Bem-estar de quem?", "Comércio de animais: Bem-estar de quem?", "Entreterimento com animais: Bem-estar de quem?", "Testes em animais: Bem-estar de quem?".
Ao questionarem se os organizadores ou responsáveis pelo evento e pela entidade eram vegetarianos, os ativistas obtiveram uma resposta negativa.
"É claro que para eles nossa mensagem não passa de utopia, a violência ainda faz parte das suas refeições do dia-a-dia. Gostaria de saber se um deles vai ao abatedouro humanitário, ver o que um abatedouro humanitário significa", disse outro ativista.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Batalha em Kruger
Calma, não há mortes. Mas esse vídeo surpreende pela mudança no padrão de comportamento de búfalos selvagens. Algo semelhante nunca fora registrado.
Assista até o fim e reflita.
Assista até o fim e reflita.
Perigos do ofício
Por Thiago Romero para Agência FAPESP
O tabagismo e o consumo de álcool são os fatores de risco mais bem estabelecidos para o câncer de laringe. A relação é conhecida desde a década de 1950, quando foram concluídos os primeiros estudos epidemiológicos sobre essa neoplasia, responsável por cerca de 73,5 mil mortes por ano no mundo.
Agora, uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) traz novas perspectivas para o entendimento das causas da doença. Segundo o estudo, indivíduos expostos em ambientes de trabalho à sílica, à fuligem e a toxinas presentes em locais de criação de animais têm risco aproximadamente duas vezes maior de desenvolver câncer de laringe, quando comparados a pessoas não expostas a essas substâncias.
O trabalho, que acaba de ser publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, foi conduzido pelo médico Sergio Sartor em seis hospitais do município de São Paulo. Participaram 122 pessoas com câncer de laringe – 104 homens e 18 mulheres – e 187 que não apresentavam a doença – 142 homens e 45 mulheres. Todos com idades entre 38 e 79 anos.
Os indivíduos foram entrevistados nos hospitais, por meio de questionários padronizados que incluíam informações sociodemográficas, história ocupacional, condições de moradia, histórico familiar de câncer, antecedentes de doenças infecciosas e padrões de dieta.
Os resultados apontaram que os indivíduos com exposição à sílica cristalina livre respirável tiveram 1,83 vez mais chances de desenvolver câncer de laringe, enquanto o índice foi de 1,80 para aqueles com contato com animais e de 1,78 com fuligem.
"Quando analisamos partículas sólidas que ficam dispersas no ar após a queima de metais utilizados no processo de soldagem, por exemplo, esse índice subiu para 2,55. Essa categoria de material em suspensão foi chamado no estudo de 'fumos em geral'", disse Sartor, também subgerente de Serviços de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, à FAPESP.
O pesquisador explica que poeiras com alto teor de sílica são normalmente produzidas com o corte de mármores e granitos. A fuligem, por sua vez, é gerada com a queima de carvão mineral, madeira e óleo combustível. Já os riscos identificados no estudo com a criação de animais ocorrem principalmente no manejo do gado.
"A terra do solo contaminada com fezes e urina, que vira poeira quando os animais se movimentam, contém toxinas e bactérias que podem estar contribuindo para o câncer de laringe, assim como a inalação de pesticidas utilizados para o tratamento de pragas como carrapatos", sugere o pesquisador. "Identificamos as relações citadas, mas as causas potenciais devem ser mais bem estudadas."
O estudo integrou um projeto multicêntrico que abrange pesquisadores do Brasil, Argentina e Cuba, denominado Estudo Internacional de Fatores Ambientais, Vírus e Câncer de Cavidade Oral e Laringe. Coordenado pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc), na França, o projeto teve como objetivo investigar o papel de diversos fatores para o desenvolvimento de câncer de boca, faringe e laringe.
Para ler o artigo Riscos ocupacionais para o câncer de laringe: um estudo caso-controle, disponível na biblioteca eletrônica SciELO (FAPESP/Bireme), clique aqui.
O tabagismo e o consumo de álcool são os fatores de risco mais bem estabelecidos para o câncer de laringe. A relação é conhecida desde a década de 1950, quando foram concluídos os primeiros estudos epidemiológicos sobre essa neoplasia, responsável por cerca de 73,5 mil mortes por ano no mundo.
Agora, uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) traz novas perspectivas para o entendimento das causas da doença. Segundo o estudo, indivíduos expostos em ambientes de trabalho à sílica, à fuligem e a toxinas presentes em locais de criação de animais têm risco aproximadamente duas vezes maior de desenvolver câncer de laringe, quando comparados a pessoas não expostas a essas substâncias.
O trabalho, que acaba de ser publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, foi conduzido pelo médico Sergio Sartor em seis hospitais do município de São Paulo. Participaram 122 pessoas com câncer de laringe – 104 homens e 18 mulheres – e 187 que não apresentavam a doença – 142 homens e 45 mulheres. Todos com idades entre 38 e 79 anos.
Os indivíduos foram entrevistados nos hospitais, por meio de questionários padronizados que incluíam informações sociodemográficas, história ocupacional, condições de moradia, histórico familiar de câncer, antecedentes de doenças infecciosas e padrões de dieta.
Os resultados apontaram que os indivíduos com exposição à sílica cristalina livre respirável tiveram 1,83 vez mais chances de desenvolver câncer de laringe, enquanto o índice foi de 1,80 para aqueles com contato com animais e de 1,78 com fuligem.
"Quando analisamos partículas sólidas que ficam dispersas no ar após a queima de metais utilizados no processo de soldagem, por exemplo, esse índice subiu para 2,55. Essa categoria de material em suspensão foi chamado no estudo de 'fumos em geral'", disse Sartor, também subgerente de Serviços de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, à FAPESP.
O pesquisador explica que poeiras com alto teor de sílica são normalmente produzidas com o corte de mármores e granitos. A fuligem, por sua vez, é gerada com a queima de carvão mineral, madeira e óleo combustível. Já os riscos identificados no estudo com a criação de animais ocorrem principalmente no manejo do gado.
"A terra do solo contaminada com fezes e urina, que vira poeira quando os animais se movimentam, contém toxinas e bactérias que podem estar contribuindo para o câncer de laringe, assim como a inalação de pesticidas utilizados para o tratamento de pragas como carrapatos", sugere o pesquisador. "Identificamos as relações citadas, mas as causas potenciais devem ser mais bem estudadas."
O estudo integrou um projeto multicêntrico que abrange pesquisadores do Brasil, Argentina e Cuba, denominado Estudo Internacional de Fatores Ambientais, Vírus e Câncer de Cavidade Oral e Laringe. Coordenado pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc), na França, o projeto teve como objetivo investigar o papel de diversos fatores para o desenvolvimento de câncer de boca, faringe e laringe.
Para ler o artigo Riscos ocupacionais para o câncer de laringe: um estudo caso-controle, disponível na biblioteca eletrônica SciELO (FAPESP/Bireme), clique aqui.
SEA SHEPHERD BRASIL Processa IBAMA
O Instituto Sea Shepherd Brasil (ISSB), organização ambiental sem fins lucrativos, ingressou esta semana com uma Ação Civil Pública com pedido liminar na Justiça Federal do Amapá contra o IBAMA.
Macapá, Capital do Amapá, é local onde há algumas semanas agentes do IBAMA filmaram e documentaram cerca de 83 golfinhos serem cruelmente mortos por pescadores. “O IBAMA é obrigado a informar os nomes dos proprietários das embarcações. Sem essa informação a Sea Shepherd Brasil está sendo impedida de dar andamento ao processo judicial e condenar os causadores deste absurdo”, diz Cristiano Pacheco, Diretor Jurídico do ISSB.
As cenas documentadas pelo IBAMA e veiculadas em rede nacional pela TV Globo mostram 83 golfinhos sendo submetidos à dor e sofrimento, tendo seus olhos e dentes arrancados por pescadores à luz do dia. A razão para esta pesca ilegal é a crença de que o olho do golfinho, quando carregado no bolso, “atrai dinheiro e mulher”. Também se faz uso dos dentes para a fabricação de colares.
“A Sea Shepherd Brasil não ficará de braços cruzados diante deste absurdo. A crença, a falta de informação e a“tradição” não são argumentos para a crueldade, a ilegalidade e a degradação do meio ambiente, patrimônio de todos”, diz Daniel Vairo, Fundador da ONG no Brasil.
Ao longo desta última semana a Sea Shepherd Brasil tentou de todas as formas obter o nome dos responsáveis pelo massacre. O IBAMA se negou a fornecer estes nomes, mesmo tendo sido um pesquisador de sua equipe o responsável pelas filmagens.
“Buscamos informações na Superintendência do IBAMA de Macapá via telefone e e-mail, diretamente com o Superintendente Sr. Edivan Andrade; no Posto do IBAMA de Macapá; na Assessoria de Imprensa do IBAMA-RS e até mesmo com o Assessor Geral de Imprensa do IBAMA em Brasília, Sr. Luis Lopes.”
“Ninguém viu nada, ninguém sabe de nada. Estamos cansados disso”, diz Sandra Severo, Diretora Geral do ISSB.
A Constituição Federal, art. 225, proíbe a crueldade contra qualquer animal.“Agora mesmo golfinhos devem estar sendo cruelmente mortos. Somos uma ONG sem fins lucrativos e para seguir com o processo judicial para acabar com esses massacres dependemos da colaboração da sociedade civil.”, diz Cristiano Pacheco.
Grande abraço à todos, Thiago Malachias- Diretor Executivo Sea Shepherd Brasil
Email: contato@seashepherd.org.br
Macapá, Capital do Amapá, é local onde há algumas semanas agentes do IBAMA filmaram e documentaram cerca de 83 golfinhos serem cruelmente mortos por pescadores. “O IBAMA é obrigado a informar os nomes dos proprietários das embarcações. Sem essa informação a Sea Shepherd Brasil está sendo impedida de dar andamento ao processo judicial e condenar os causadores deste absurdo”, diz Cristiano Pacheco, Diretor Jurídico do ISSB.
As cenas documentadas pelo IBAMA e veiculadas em rede nacional pela TV Globo mostram 83 golfinhos sendo submetidos à dor e sofrimento, tendo seus olhos e dentes arrancados por pescadores à luz do dia. A razão para esta pesca ilegal é a crença de que o olho do golfinho, quando carregado no bolso, “atrai dinheiro e mulher”. Também se faz uso dos dentes para a fabricação de colares.
“A Sea Shepherd Brasil não ficará de braços cruzados diante deste absurdo. A crença, a falta de informação e a“tradição” não são argumentos para a crueldade, a ilegalidade e a degradação do meio ambiente, patrimônio de todos”, diz Daniel Vairo, Fundador da ONG no Brasil.
Ao longo desta última semana a Sea Shepherd Brasil tentou de todas as formas obter o nome dos responsáveis pelo massacre. O IBAMA se negou a fornecer estes nomes, mesmo tendo sido um pesquisador de sua equipe o responsável pelas filmagens.
“Buscamos informações na Superintendência do IBAMA de Macapá via telefone e e-mail, diretamente com o Superintendente Sr. Edivan Andrade; no Posto do IBAMA de Macapá; na Assessoria de Imprensa do IBAMA-RS e até mesmo com o Assessor Geral de Imprensa do IBAMA em Brasília, Sr. Luis Lopes.”
“Ninguém viu nada, ninguém sabe de nada. Estamos cansados disso”, diz Sandra Severo, Diretora Geral do ISSB.
A Constituição Federal, art. 225, proíbe a crueldade contra qualquer animal.“Agora mesmo golfinhos devem estar sendo cruelmente mortos. Somos uma ONG sem fins lucrativos e para seguir com o processo judicial para acabar com esses massacres dependemos da colaboração da sociedade civil.”, diz Cristiano Pacheco.
Grande abraço à todos, Thiago Malachias- Diretor Executivo Sea Shepherd Brasil
Email: contato@seashepherd.org.br
Tristeza: Unisul inaugura laboratório com animais
Gente...isso é uma notícia muito triste!!! Enquanto países no mundo inteiro estão abolindo o uso de animais em universidades (Inglaterra e Alemanha são um exemplo, 70% das universidades dos EUA e 1/3 da Alemanha), no Brasil, é o inverso. Vamos escrever para os responsáveis, que inaugurarão um laboratório na Palhoça-SC, de prática de experiência cirúrgica em animais!! Vamos fazer que saibam que não estamos de acordo com essa crueldade!!!!
Escrevam para os professores GERALDO BERNARDES, JORGE BINS ELY, ALEX SANTIN, JOÃO GHIZZO FILHO e os façam ver o quanto estão retrocedendo na história. medicina@unisul.br
Matéria completa na comunidade PETA:http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1583034&tid=2547564823099247026&na=4[http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=1583034&tid=2547564823099247026&na=4]Esta
Mensagem enviada por THAIS SHANTI
Escrevam para os professores GERALDO BERNARDES, JORGE BINS ELY, ALEX SANTIN, JOÃO GHIZZO FILHO e os façam ver o quanto estão retrocedendo na história. medicina@unisul.br
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Mensagem enviada por THAIS SHANTI
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